Longevidade x qualidade de vida: como resolver essa equação

Vive-se mais hoje. 

 

São mais velas para soprar nos bolos de aniversário individualmente e enquanto nação.  

Desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou a calcular a expectativa de vida, em 1940, esta aumentou 30 anos.

Fenômeno que se reproduz nos países do continente americano. Um estudo de base populacional publicado na revista científica da Organização Panamericana de Saúde mostrou o avanço na expectativa de vida no continente entre 1990 e 2019.  

A melhora do cenário para se viver mais foi atribuída às condições sociais e implementação de políticas de saúde pública.  

Mas, os pesquisadores destacaram outro dado: os anos a mais vividos não são, necessariamente, acompanhados pela saúde.  

De acordo com o estudo, as pessoas passam um tempo substancial na velhice com incapacidade e doenças evitáveis e controláveis, passíveis de serem evitadas por meio de mudanças no estilo de vida.  

A  médica psiquiatra Laís César propõe o questionamento: “Que estamos vivendo mais, é um fato. Mas, estamos vivendo melhor?”. 

Mudanças temporais  


A especialista pontua alterações consideráveis na rotina nos últimos anos, como a alimentação, os meios de locomoção e, até mesmo, a exposição à luz artificial – que impacta diretamente no relógio biológico e no ajuste do ciclo circadiano.  

Essas alterações trouxeram inúmeros desequilíbrios, dificultando preservar a saúde com a idade avançada. Hábitos de alimentação e estilo de vida possuem efeito cumulativo e seus resultados costumam aparecer com mais intensidade após anos ou mesmo décadas, sendo assim é natural que as consequências, negativas ou positivas, se tornem mais presentes conforme a idade avança. 

Os problemas resultantes da falta dos elementos básicos que sustentam a saúde – nutrientes, movimento, sono de qualidade, etc – acabam levando, na maioria dos casos, a uma busca de soluções através de medicamentos, que sempre possuem efeitos colaterais que acabam fazendo parte dos últimos anos de vida daqueles que vivem mais.  

No entanto, junto com o aumento na expectativa de vida, estamos presenciando também uma maior conscientização em relação à saúde e o crescimento de novas modalidades terapêuticas, menos arriscadas e mais naturais, como os suplementos e fitoterápicos, que poderão facilitar a qualidade de vida dos longevos.  

Tanto que o próprio Ministério da Saúde disponibiliza uma Cartilha de Orientações sobre o uso de Fitoterápicos e Plantas Medicinais. O documento traz informações importantes que ajudam a compreender a melhor forma de usar os produtos e plantas. Vale mencionar que, mesmo tendo plantas como base, os fitoterápicos demandam orientação profissional. 

Paralelamente à busca pelo equilíbrio físico, a demanda pelos cuidados com a saúde mental também evoluiu.   

Segundo Laís César, há um movimento em direção à própria essência. “A reconexão com a natureza, a filosofia minimalista, os recursos naturais sendo valorizados mostram que apesar de pisar no acelerador da tecnologia estamos atentos à importância de não nos desconectarmos de tudo que somos de verdade”.  


Constância  


Em ambos os casos, tanto da saúde física quanto mental, é a frequência com que os cuidados são tomados que determina o impacto a longo prazo, na construção da longevidade sadia.  

“Dificilmente algo terá eficácia se não apresentado ao corpo de forma regular e constante. É assim com a água que a gente toma, com a atividade física que a gente pratica e também com os recursos suplementares”, pontua Laís. 

A especialista compara esse processo a uma caminhada: “cuidar da saúde e dar pequenos passos todos os dias é não deixar nunca de caminhar”, finaliza.  

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