Acorde bem disposto! Ciência aponta caminhos para manhãs produtivas

Pular da cama feliz, animado e cheio de motivação para desbravar o dia que começou.

A cena, típica de roteiro hollywoodiano, não tem nada a ver com predisposição genética, mas, sim, com pequenas escolhas do cotidiano que interferem no nível de energia pelas manhãs.

Aliás, fosse uma questão de múltipla escolha, ter as primeiras horas do dia produtivas seria, facilmente, a opção de quem mira uma rotina ativa e saudável.

Só que a vida real se sobrepõe e, vez ou outra, o cansaço atropela os planos, fazendo com que as manhãs não sejam tão convidativas assim.

Ciente disso, pesquisadores da Universidade da Califórnia decidiram descobrir os fatores que melhoram o desempenho cognitivo durante as manhãs.

E eles chegaram a uma conclusão.

A resposta está ligada aos hábitos do dia a dia. Não tem como escapar: o estilo de vida reflete diretamente na disposição matinal.

O conjunto de noites bem dormidas, atividade física regular e alimentação equilibrada – um dos tripés da Medicina do Estilo de Vida – parece ter efeito também no rendimento ao longo das primeiras horas do dia.

Método


No estudo, publicado na revista Nature, os cientistas detalham o método usado para avaliar os impactos dos hábitos no rendimento matutino.

A pesquisa contou com a participação de 883 voluntários, incluindo gêmeos, que foram acompanhados ao longo de duas semanas.

Após esse período, os pesquisadores identificaram que a genética pouco tem a ver com o desempenho pelas manhãs, mas que a produtividade depende de três fatores independentes:

  • quantidade/qualidade do sono da noite anterior: dormir de sete a nove horas é essencial para garantir manhãs mais produtivas. No experimento, os participantes que dormiram mais e acordaram mais tarde tiveram melhor estado de alerta;
  • exercícios físicos: níveis mais altos de movimentação durante o dia – e pouca atividade física à noite – refletiram na qualidade do sono, que foi mais contínuo e, consequentemente, ajudou a ter manhãs melhores;
  • alimentação: o cardápio do desjejum se mostrou fundamental para a capacidade de concentração durante o dia. O consumo de carboidratos foi associado à melhora na produtividade, no entanto, isso é válido para os alimentos de baixo índice glicêmico, como pães integrais.


Bom humor  


Já para o bom-humor matinal, não há fórmula. 

 

A subjetividade da alegria que conduz as primeiras horas do dia de quem acorda cantarolando e sorrindo não foi passível de formulação de dicas científicas.  

O máximo que se pode afirmar é que a felicidade logo cedo está ligada aos altos níveis de serotonina no cérebro, que leva a uma maior atividade nas regiões cerebrais que promovem a vigília. 

 

Após as conclusões científicas, cabe o desafio de implementar essas pequenas mudanças para descobrir se, com elas, vêm o melhor desempenho e – consequentemente – a alegria pelas manhãs!  

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