Quando os gregos se referiam ao tempo, chamando-o de khrónos, talvez não imaginassem que, no futuro, pelos quatro cantos do mapa, a variação do termo seria usada também para uma das categorias de patologias que mais acomete homens e mulheres: as doenças crônicas.
Não é exclusividade de um país ou de outro. As chamadas doenças crônicas não transmissíveis – que respondem pela sigla DCNT – são responsáveis por sete a cada dez mortes em todo o mundo.
Segundo o Centro Nacional de Prevenção de Doenças Crônicas e Promoção da Saúde dos Estados Unidos (CDC) *(B), mais da metade da população americana (60%) tem uma doença crônica e quatro em cada dez cidadãos têm duas ou mais doenças diagnosticadas.
Características
De acordo com o CDC, as condições que caracterizam as doenças crônicas são sintomas que duram um ano ou mais e que requerem atenção médica contínua ou limitam as atividades diárias do paciente.
Doenças crônicas mais comuns
No topo da lista estão a diabetes, as doenças cardíacas e o câncer, mas a classificação abrange também a hipertensão arterial e as doenças respiratórias.
Entre as causas que levam ao desenvolvimento dessas patologias estão o cigarro, o álcool, a falta de atividade física e a má alimentação.
O açúcar, o sal e as gorduras saturadas são a raiz que conecta a alimentação dos pacientes que desenvolvem os quadros clínicos persistentes.
Plano de Ações Estratégicas
Interesse de saúde pública, o enfrentamento das doenças crônicas é pauta de um Plano de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde. O documento *(C) inclui 226 ações a serem realizadas em todo o país, entre os anos de 2022 e 2030, para a prevenção dos fatores de risco.
As ações passam, necessariamente, pela Política Nacional de Alimentação e Nutrição *(D) – que prevê o estímulo às práticas alimentares e estilos de vida saudáveis como meio de garantir a manutenção da saúde.
Isso porque estudos*(E) reiteram a relação entre a nutrição e o bem-estar. A ingestão de alimentos ultraprocessados – presentes em larga escala na dieta ocidental -, por exemplo, foi associada, em pesquisas, às doenças crônicas.
Bom saber
Embora estejam presentes em grande parte da população mundial, as doenças crônicas são passíveis de prevenção mediante adoção de medidas simples.
A alimentação de qualidade e a prática de atividades físicas são dois pilares indicados pela Organização Mundial de Saúde para a manutenção do pleno funcionamento do organismo.
Pequenas mudanças de hábitos, como a diminuição do consumo de açúcar, podem garantir que a palavra crônica mantenha o sentido original e se refira apenas à sequência com que você irá narrar os fatos mais importantes da sua vida.
*(B) Sobre doenças crônicas | CDC
*(C)09-plano-de-dant-2022_2030.pdf (www.gov.br)
*(D)MINISTÉRIO DA SAÚDE (saude.gov.br)
*(E) Má alimentação potencializa desenvolvimento de doenças crônicas – Jornal da USP