Meditação para Dormir: Encontre a Calma e Alcance um Sono Reparador

A meditação é uma prática que visa o equilíbrio entre o corpo e a mente, contribuindo para o foco e atenção, para alcançar tranquilidade, concentração, redução de estresse, ansiedade e sono.

Técnicas de meditação 


Meditação é um estado de relaxamento para se conectar com o interior, atingir tranquilidade e gerir melhor as emoções. As técnicas de meditação descritas abaixo, ajudam a encontrar o equilíbrio.  

  1. Mantra: repetir lentamente uma frase ou pensamento que ajude a relaxar os pensamentos e é capaz de mudar as suas emoções e como você se sente em relação a vida.  

  1. Guiada: formação de imagens mentais de lugares ou situações que se considere relaxante, com a utilização dos sentidos a partir de cheiros, sons e texturas. É ideal para quem busca potencializar a criatividade e desenvolver soluções inovadoras para os desafios do dia a dia. 

  1. Mindfulness: significa teratenção plena”, é a prática de se concentrar completamente no presente. Baseia-se em ter uma maior consciência e aceitação de viver no presente momento; é ideal para quem busca aumentar a produtividade e melhorar a performance no trabalho. 

  1. Foco na respiração: É a técnica de meditação mais conhecida e praticada, recomendada para iniciantes. Ótima para tratar a ansiedade e se manter relaxado, a fim de aumentar a sensação de bem-estar. 

  1. Tai Chi: é uma arte marcial chinesa praticada com movimentos lentos e em silêncio, proporcionando a movimentação da energia do corpo e estimulando a consciência corporal, equilíbrio, a concentração e a tranquilidade.  É também conhecido como a “meditação em movimento”, pois ajuda a harmonizar as emoções e no tratamento de ansiedade e depressão. 

  1. Hoponopono: baseada na ideia de que tudo em nossas vidas é de nossa responsabilidade absoluta, ou seja, tudo em nosso mundo é de nossa criação. É necessário repetir o mantra: “Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato”. 

Outras práticas associadas à meditação 


A meditação pode ser feita por si só, mas também pode fazer parte de outras práticas, como yoga, aromaterapia e Qi jong, que são técnicas de relaxamento capazes de promover um equilíbrio no eixo corpo –alma-mente-emoções. 

Yoga é uma ciência antiga com mais de 5 mil anos e que tem por objetivo unir o corpo, a mente e o espírito, possibilitando que as pessoas se reconectem com sua verdadeira essência. Gera maior consciência e controle sobre a mente e as emoções. Segundo o mestre Patanjali, existem 8 passos do yoga; ao se aprofundar em cada um deles, a pessoa consegue cada vez mais se encontrar com um estado de paz e tranquilidade interna, se reconectar com seu ser, com a sua verdadeira natureza e alma. 

O Qi jong também é uma prática milenar indicada para equilibrar a energia do corpo e da mente através de uma série de posturas e movimentos simples, controle da respiração e visualizações. Segundo essa perspectiva, não deve haver excesso ou deficiência de Chi (energia vital) em nenhuma parte do corpo. Se isso for alcançado, haverá boa saúde física e mental. 

Benefícios da meditação  

  1. Reduz o estresse e ansiedade: contribui para diminuir os sintomas como a síndrome do intestino irritável, transtorno de estresse pós-traumático, fibromialgia, batimento cardíaco acelerado e perturbação do sono. 

  1. Tratamento da depressão: a meditação ajuda a ter uma visão mais positiva da vida, reduzindo os sentimentos de desmotivação e tristeza 

  1. Aumenta a atenção e memória: ocorrem alterações no cérebro, especificamente o aumento da região associada à atenção, afetos positivos e resiliência. Além disso, a meditação pode reverter padrões no cérebro que contribuem para divagações, preocupações e perda de foco, ajudando a aumentar a força e atenção. 

  1. Desaceleração do metabolismo: ao meditar, ocorre a redução do consumo de oxigênio, da produção de gás carbônico e da frequência respiratória. 

  1. Desperta a mente, traz motivação e paz interior

  1. Maior a produção de endorfina: hormônio associado ao bem-estar, prazer e sensação de dever cumprido. 

Meditação para dormir 


Como vimos, a meditação é uma prática que traz inúmeros benefícios ao nosso organismo, especialmente no que se refere a foco e atenção. Mas e em relação ao sono? Estudos apontam que é possível alterar o estado mental e físico a partir de técnicas de concentração, e assim, contribuir para o sono. 

Quem medita com frequência, fica mais relaxado, já que a prática ajuda na melhora dos sintomas de estresse, depressão e ansiedade. Uma vez que essas condições interferem no sono, ao reduzi-las, as pessoas podem passar a dormir melhor. 

Além disso, é possível meditar um pouco antes de adormecer visando relaxar o corpo.  Desta maneira, contribui para redução da insônia e iniciar a noite de sono, uma vez que a dificuldade de iniciar o sono está ligada a um estado de hiper alerta, que é comum diante de sentimentos como tristeza, estresse e inquietação. 

A meditação é uma ótima prática para ajudar a melhor o sono, já que propicia o equilíbrio entre corpo e mente, diminui sofrimentos psicológicos como raiva, tristeza e preocupação e relaxa o corpo. Consequentemente, deixa o corpo mais apto a adormecer. 

Pesquisas mostram que a meditação beneficia a qualidade de sono com o passar do tempo, uma vez que as pessoas que a praticam, apresentam resultados melhores no sono e despertarem menos ao longo da noite. 

Uma pesquisa realizada pela Unifesp e publicada em 2012 com mulheres na menopausa, apontou que mulheres com dois meses de uma rotina de meditação do tipo mindfulness, apresentaram melhora nos sintomas da menopausa, na qualidade de sono e nos níveis de atenção. 

Incluir práticas de meditação na rotina é essencial para ajudar a iniciar o sono e melhorar a qualidade. Ouvir as meditações enquanto está deitado na cama é uma ótima forma de induzir o sono ou até mesmo realizar a meditação guiada, pode ajudar você. 

Referência 


GARCIA, Marcelo Csermak. Mindfulness é um fator relevante na insônia na pós-menopausa? 2012. 47 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2012.