Pesquisas apontam: dormir virou desafio que ultrapassa fronteiras

Brasileiros e americanos estão conectados pelas noites insones.  

A conclusão vem do cruzamento de informações de pesquisas recentes que avaliaram quão reparador tem sido o descanso entre as populações do Brasil e dos Estados Unidos.  

Do lado de cá da linha do Equador, 65,5% dos brasileiros relatam frequentes noites mal dormidas. Do lado de lá, 70% dos americanos afirmam não terem tido noites restauradoras de sono.  

Os dois estudos foram publicados no segundo semestre de 2022 e trazem características que interligam a dificuldade para dormir nas Américas.  

Dado inédito  


Em terras tupiniquins, um dado chamou atenção dos pesquisadores: o aumento da dificuldade de dormir entre jovens adultos. Isso porque, até então, esse era um público que passava ileso por problemas relacionados à insônia.  


Para os cientistas, embora as respostas tenham sido coletadas no início da pandemia da Covid-19, não é possível afirmar que exista uma conexão direta entre os dois fatores. Para isso, segundo eles, seriam necessárias novas pesquisas.  

Na prática  


Ambos os estudos usaram a mesma metodologia: a aplicação de questionários padrão com perguntas em que os participantes classificam a qualidade da noite de sono.  

No Brasil, cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) avaliaram os dados de 2.635 participantes de todas as regiões do país.  


Nos Estados Unidos, especialistas da Harvard Medical School e do Brigham Women ‘s Hospital fizeram a análise das respostas de 1.055 americanos.   

Os percentuais finais mostraram a proximidade entre os relatos – pelo menos dois terços da população dos dois países sofrem com a dificuldade para dormir, não atingindo o que autodenominariam como uma noite bem-dormida.  

Causas  


Embora o leque de transtornos do sono seja extenso, variando de apneia, a narcolepsia e a dita insônia, outros motivos foram apontados como possíveis causadores das noites em claro. Entre eles, estão: a depressão, a ansiedade, ambientes barulhentos e até a qualidade do colchão.  

Os vilões do cotidiano contemporâneo, segundo mostrou o estudo brasileiro, são o vício em redes sociais e o uso de smartphones na hora de dormir.  

Mas há um recorte um tanto quanto curioso que merece destaque: os brasileiros dormem melhor quando acompanhados. Embora o ronco do parceiro dificulte engatar os estágios do sono, a falta do companheiro ao lado, na cama, ou no mesmo ambiente causa ansiedade que leva à permanência acordado.   

Soluções  


Diversos estudos relacionam o uso de telas à dificuldade de dormir. Manter-se afastado de televisores e celulares uma ou duas horas antes de ir para a cama é unanimidade entre as recomendações de especialistas, feitas com base nas pesquisas científicas.  

Outros hábitos podem levar à insônia. Mudanças pequenas de comportamento são um recurso para driblar as noites em claro. Além disso, há uma série de escolhas feitas ao longo do dia que têm potencial para garantir qualidade ao seu descanso.  
 

O caminho é fazer uma autoavaliação dos fatores que podem atrapalhar o seu sono. E, se você estiver entre os 30% da população que dorme bem e acorda revigorado depois da noite de sono, basta manter a rotina e celebrar! 

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