Mais proteína no prato, menos peso na balança: o papel do nutriente do emagrecimento

No cabo de guerra entre a alimentação saudável e o excesso de açúcares e calorias vazias, o árbitro é a balança. Imparcial, ela indica se as regras nutricionais têm sido seguidas à risca. 

A assistência de arbitragem fica por conta dos exames clínicos, que atestam o equilíbrio entre os alimentos que compõem a dieta. E, quando o assunto é emagrecimento, um macronutriente assume a liderança: a proteína.

Mecanismo da fome 


Você pode até achar que quem manda no seu peso é a boca, mas o grande responsável por trás dos quilos a mais ou a menos na balança é o cérebro. Mais especificamente, uma área chamada hipotálamo


É dessa pequena porção cerebral que partem as decisões relacionadas à sobrevivência, como sede e fome. A leitura da sensação de saciedade ocorre por meio dos hormônios liberados em resposta à alimentação. 


Nesse quesito, quem se destaca é a proteína. O efeito do nutriente no cérebro é similar ao de um painel de controle, em que um pedaço de carne tem o poder de ligar o interruptor que aumenta os níveis de GLP-1, peptídeo YY e colecistocinina – que causam a saciedade -, ao mesmo tempo em que desliga os botões da grelina, que sinaliza ao corpo que ele precisa comer.


Essa é a explicação pela qual a proteína está diretamente ligada ao processo de emagrecimento – sendo o foco de dietas hiperproteicas, cientificamente eficientes para perda de peso. 




Queima full time


O consumo adequado de proteínas impulsiona o metabolismo. Os efeitos são prolongados e a queima calórica ocorre sem parar. 


Isso acontece porque o nutriente faz com que o corpo queime calorias durante 24 horas – inclusive durante o sono. Aliás, à noite os reflexos da ingestão do nutriente são sentidos na qualidade das noites bem-dormidas.

Xô, geladeira 


Se a fome inesperada faz você levantar da cama e ir até a geladeira em busca de guloseimas, a boa notícia é que a proteína pode ser uma aliada para frear esse hábito – que potencializa o ganho de peso. 


Um estudo feito com homens obesos mostrou que uma dieta com alto consumo proteico reduziu em 25% o desejo por doces e eliminou em 60% dos participantes a vontade de se entregar aos quitutes durante a madrugada. 

 

Sem menos 


A vantagem de focar na proteína é aumentar o leque de receitas, sem se preocupar com as restrições. 


Mas, lembre: apesar do empurrãozinho para o metabolismo, os alimentos com proteína seguem contando na soma de calorias diárias. A matemática de gastar tanto quanto e/ou mais energia do que consome é a regra geral para o emagrecimento. 

Minha-nutricionista-mandou


Embora os efeitos das dietas hiperproteicas sejam comprovados pela ciência, a recomendação é procurar um especialista para traçar o melhor plano alimentar para você. 


Isso porque as adequações das porções devem ser feitas de acordo com o seu estilo de vida e a meta que procura atingir. Caso você pratique exercícios físicos, saiba que o consumo já pode ser aumentado para suprir sua demanda diária. 

Independentemente do foco – seja ele a perda de peso ou ganho de massa magra – a proteína é uma excelente aliada!